Estudo, Planejamento, Rodas de Conversa, Vídeo-Debate e Oficina
Breve registro das atividades desenvolvidas ao longo do semestre 2018.1
ATIVIDADES DE ESTUDO. As atividades de estudo neste semestre foram dirigidas mais especificamente para a elaboração da proposta pedagógica da Oficina sobre Liderança popular, organização comunitária e mobilização popular. Ademais, foi também pauta de estudo, o significado e as modalidades de extensão universitária, bem como a particularidade da proposta metodológica assumida no projeto, a extensão popular.
ATIVIDADES DE DISCUSSÃO DO TRABALHO DE CAMPO E DE PLANEJAMENTO. Outros encontros objetivaram a discussão das impressões dos/as extensionistas em relação ao trabalho de campo, no sentido de qualificar nosso entendimento sobre os processos sócio-políticos e culturais existentes no bairro, bem como visando assegurar o planejamento coletivo de nossas ações. Um ponto que foi bastante positivo são os avanços na construção coletiva das propostas de oficina, com um forte caráter interdisciplinar.
TRABALHO DE CAMPO: VISITAS, RODAS DE CONVERSA E VÍDEO-DEBATE. Foram realizadas mais de uma dezena de visitas ao Itatuinga neste semestre, algumas com participação apenas da coordenação do projeto e outras contando com os/as extensionistas. Essas visitas visaram aprofundar o conhecimento da realidade da comunidade, fortalecer laços de confiança com os moradores, assegurar a execução de atividades propostas pelo projeto e colaborar com ações surgidas dos próprios moradores.
As intervenções mais significativas do projeto Direito à Cidade, Direito à Saúde neste semestre estiveram associadas à nossa participação/colaboração no projeto de hortas domiciliares que um grupo de moradores está levando adiante com o apoio também da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap). Entendemos essa proposta como ação de promoção da saúde e geradora de solidariedade no nível local, uma atividade que agrega elemento de desenvolvimento social, ambiental, político e cultural. Promovemos rodas de conversa e também um vídeo-debate (no dia 5 de maio) com o intuito de sensibilizá-los sobre a importância do tema. O vídeo-debate ocorreu nas instalações da Escola da comunidade que ainda não se encontra em funcionamento. Exibimos o documentário O veneno está na mesa, de Silvio Tendler, que denuncia o uso abusivo de agrotóxicos nas lavoras brasileiras e seus impactos ambientais, sociais e para a saúde dos consumidos e trabalhadores rurais. O evento trouxe novos elementos para problematizar a importância dos cultivos domésticos e fortaleceu a possibilidade de, no futuro, desenvolverem hortas comunitárias. O projeto das hortas tem revelando um processo de mobilização bastante significativo com muita solidariedade interna.
No dia 9 de junho realizamos a primeira edição de nossa Oficina sobre Liderança popular, organização comunitária e mobilização popular, nas instalações da Unidade Básica de Saúde existente no bairro, mas que ainda não entrou em funcionamento. A oficina objetiva proporcionar um espaço de reflexão sobre a importância das lideranças, das organizações comunitárias territoriais e da mobilização para que a comunidade esteja fortalecida na reivindicação e luta por seus direitos básicos, e para que possa levar adiante iniciativas de desenvolvimento social, econômico, político e cultural com base no território. A preparação da oficina foi um processo rico que vem sendo construído desde o semestre passado por muitas mãos, e a ideia de realizá-la surgiu a partir da identificação de problemas, dificuldades e desafios que foram sendo expostos pelos próprios moradores em outros momentos.